Célia
Raphaella Martins Biar Nasceu em São Paulo, no dia 10 de Março de 1918. Filha
da modista Beatriz Biar, foi integrada ainda muito jovem ao Grupo de Teatro
Experimental, dirigido pelo diretor e professor de teatro Alfredo Mesquita.
Seu
primeiro trabalho no grupo foi a peça Pif-Paf,
em 1947. Dois anos depois, trabalhando como secretária no TBC (o Teatro
Brasileiro de Comédia), substituiu às pressas uma atriz que havia faltado na
peça Weekend . Profissionalizou-se em
seguida com as peças A Noite, Nick Bar e Arsênico e Alfazema e seguiu como uma das atrizes mais atuantes
daquela Companhia, especialmente na alta comédia. Por sua atuação na peça A Terceira Pessoa, sob a direção de
Walmor Chagas, foi premiada com o Prêmio
Saci de melhor Atriz de Teatro em 1962.
Fora
do TBC, Célia Biar teve rápidas participações na Companhia Brasileira de
Comédia, no Pequeno Teatro de Comédia e na Companhia Nydia Lícia, emprestando seu
inconfundível charme e talento a inúmeros outros espetáculos e novelas de
televisão, tornando-se uma das mais queridas atrizes do Brasil.
Sabia,
como poucas, interpretar mulheres chiques e classudas. Como diz os franceses
ela tinha “allure”, mas também deu vida a personagens humildes e impagáveis fofoqueiras.
Marcou
Também presença no cinema, estreando em 1950 no clássico filme “Caiçara” e
participando de mais de uma dezena de produções.
A
estréia na televisão foi em 1958, como apresentadora do programa Boa Tarde, Cássio Muniz, na TV Tupi do
Rio. Depois passou pela TV Rio, onde atuou em teleteatros e posteriormente foi para
a Excelsior de São Paulo, onde apresentou o programa O Mundo é da Mulher em 1962, além de atuar nos teleteatros da
emissora.
Célia
Biar foi Contratada pela TV Globo em 1965, e estreou logo no primeiro dia do
canal, no comando do programa feminino Sempre
Mulher. Uma das principais apresentadoras nos primeiros anos da emissora,
participou de atrações como Quem é Quem,
Oh Que Delícia de Show, Alô Brasil, Aquele Abraço e Satyricom.
Uma
passagem marcante da sua carreira foi a forma como comandou o programa “Sessão
das Dez”. Os filmes apresentados, geralmente antigos, não tinham nada demais,
mas Célia Biar fazia comentários sobre os mesmos elegantemente recostada numa
poltrona, com uma longa piteira na mão e um gato angorá no colo, chamado Zé
Roberto. Diz a lenda que o gatinho na verdade era uma gatinha e tomava
tranqüilizantes para ficar calminha e normalmente estava sonolenta.
A
partir dos anos 70, como atriz, também esteve em novelas de sucesso, estreando
em Pigmalião 70. Seu maior sucesso
nesse período foi o papel da doce Tia Miquita na novela Minha
Doce Namorada, ao lado de Regina Duarte e Sadi Cabral.
Após
um longo afastamento, trabalhando apenas na televisão, voltou ao teatro em 1974
para atuar na peça Dr. Knock, protagonizada
por Paulo Autran. Vieram em seguida importantes papéis nas peças Teu Nome é Mulher, Oito Mulheres e De repente, no Último Verão.
Celia
Biar atuou até o fim da vida. Foram mais
de 30 trabalhos na televisão entre novelas, séries e programas, 12 filmes e
mais de 40 peças de teatro. Fumante inveterada, morreu em decorrência de um
câncer no pulmão, no dia 6 de novembro de 1999, aos 81 anos de idade, tendo
cumprido uma das mais perfeitas trajetórias que uma atriz pode almejar. Com uma rara combinação de talento,
elegância, inteligência e humor, Célia Biar representa enfim, Um símbolo de
dignidade!
Todos comentam que ela era hermafrodita, mas ninguém tinha certeza.
ResponderExcluirO que isso tem a ver?
ExcluirSempre gostei muito da Célia Biar. Ela sempre foi uma das minhas atrizes brasileiras preferidas. A célia inclusive era muito parecida fisicamente com o meu roqueiro inglês preferido que é o Peter Frampton. Descanse em paz e fique com Deus, Célia querida. Amém.
ResponderExcluirAh, como eu gostava dela, até minha filha bem pequenina se recusava a ir dormir para ve-la junto com seu gato José Roberto na Sessão das Dez. Foi um sucesso, nós adorávamos a sua performance e seus comentários sobre o filme. Saudade.
ResponderExcluirAh, como eu gostava dela, até minha filha bem pequenina se recusava a ir dormir para ve-la junto com seu gato José Roberto na Sessão das Dez. Foi um sucesso, nós adorávamos a sua performance e seus comentários sobre o filme. Saudade.
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