Dulcina de Moraes nasceu na
cidade de Valença (RJ), no dia 3 de
fevereiro de 1908, filha de dois atores muito conhecidos no início do século XX:
Átila e Conchita de Moraes. Consta que
ela nasceu durante uma turnê dos pais, quando a mãe entrou em trabalho de
parto.
Embora vivendo num ambiente de
artistas, sua estréia no teatro se deu aos 15 anos na Companhia Brasileira de
Comédia, de Viriato Corrêa, no espetáculo Travessuras
de Berta. À revelia dos pais, fez teste e
ingressou na Companhia do mais famoso ator da época, o legendário Leopoldo Fróes,
tornando-se a primeira atriz da Cia, com a qual se apresentou em turnês pelo
Brasil, Argentina e Uruguai.
Com a morte de Leopoldo Fróes, foi
contratada pela Cia do jovem e rico empresário, filho de fazendeiros mineiros, Odilon
Azevedo, com quem se casou em 1930 e juntos fundaram a Cia Dulcina-Odilon, que
se tornaria um marco do teatro brasileiro. Como principal atriz da Cia e depois
também diretora, Dulcina modernizou o teatro da época, eliminando a figura do
ponto e instituindo folga semanal aos atores da Cia, a exemplo do teatro
americano. Também foi pioneira em lançar autores estrangeiros modernos no
Brasil como García Lorca, D’Annunzio, Bernard Shaw e Jean Giraudoux.
A montagens da Cia Dulcina-Odilon
marcaram época pelo esmero e requinte das produções e grandes desempenhos da
atriz, considerada uma das maiores damas do teatro brasileiro em todos os
tempos. São legendárias suas atuações nas peças Chuva (Somerset Maugham); Amor
(Oduvaldo Viana); Tia Mame (Jerome
Lawrence); A Loucuras de Madame Vidal
(Louis Verneuil); Bodas de
Sangue (Garcia Lorca), A Filha de
Iório (D’Annunzio), César e Cleópatra,
Santa Joana e Pigmaleão (Bernard
Shaw) e Anfitrião 38 (Jean Giraudoux).
Além de grandes autores da
dramaturgia mundial, Dulcina também apresentou dezenas de peças de autores
nacionais, entre eles Viriato Correia (A
Marquesa de Santos), Raimundo Magalhães Júnior (O Imperador Galante) e Maria Jacintha (Convite à Vida, Conflito, Já é Manhã no Mar). Ao todo o repertório
de Dulcina contempla mais de uma centena de espetáculos entre 1923 e 1965.
Sempre com anuência do marido,
que satisfazia todas as suas vontades, Dulcina criou em 1955, a Fundação Brasileira de Teatro, projeto
ao qual se dedicou até o final de sua vida.
Após a morte de Odilon em 1966,
Dulcina passou a atuar menos como atriz e a dedicar-se mais à FBT, com a qual se
transferiu, em 1972, para Brasília onde permaneceu até o final de sua vida. Em 1982, Dulcina criou em Brasília a Faculdade
de Artes Dulcina de Moraes, como
professora e diretora, formando centenas de atores, e o Teatro Dulcina de
Moraes.
Já bastante debilitada e
esclerosada, Dulcina de Moraes morreu no dia 28 de Agosto
de 1996, em Brasília, aos 88 anos de idade, após ser internada para tratar uma diverticulite. Encerrava-se
assim a trajetória vitoriosa de uma das mais importantes e fulgurantes atrizes
do cenário artístico brasileiro do século XX. Uma atriz empreendedora que dedicou sua vida ao teatro e, conforme a descreve uma de suas discípulas, a também legendária Fernanda Montenegro, "uma atriz que tinha no palco uma chama cênica, uma luz no peito".
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Dulcina de Moraes |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo |
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Dulcina de Moraes e Conchita de Moraes |
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Dulcina de Moraes com o Presidente Café Filho |
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Dulcina de Moraes com o Presidente Getúlio Vargas |
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Dulcina de Moraes com o Presidente Ernesto Geisel |
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Dulcina de Moraes com Bibi Ferreira |
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Dulcina de Moraes no Teatro Municipal do Rio de Janeiro |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo no filme Vinte e Quatro Horas de Sonho (1941) |
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Dulcina de Moraes - Memórias de Um Teatro Brasileiro (Michelle Bastos) |
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Dulcina e o Teatro de Seu Tempo (Sergio Viotti) |
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Dulcina de Moraes - Bastidores - ( Entrevista a Simon Khoury) |
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Dulcina de Moraes com Manoel Pêra e Odilon Azevedo na peça Uma Estranha Aventura |
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Dulcina de Moraes na peça Pigmalião |
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Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Vivendo em Pecado |
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Dulcina de Moraes na peça Tia Mame |
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Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Tia Mame |
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Dulcina de Moraes com Conchita de Moraes na peça Os Inocentes |
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Dulcina de Moraes com Jardel Filho na peça A Filha de Iório |
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Dulcina de Moraes com Jardel Filho na peça A Filha de Iório |
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Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo e Renato Restier na peça Rainha Vitória |
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Dulcina de Moraes com Luis Tito na peça Anfitrião 38 |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes com Armando Rosas na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes com Miriam Muniz, Sylvio Zilber e Odilon Azevedo na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes com Miriam Muniz na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes na peça Chuva |
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Dulcina de Moraes na peça Bodas de Sangue |
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Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Bodas de Sangue |
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Dulcina de Moraes na peça Os Homens Preferem as Viúvas |
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Dulcina de Moraes na peça Santa Joana |
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Dulcina de Moraes com Ribeiro Fortes, Jardel Filho e Jayme Barcellos na peça Já é Manhã no Mar |
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Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça O Imperador Galante |
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Dulcina de Moraes na peça O Imperador Galante |
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Dulcina de Moraes com Rubens de Falco na peça Catarina da Rússia |
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Dulcina de Moraes com Raul da Mata e Tereza Rachel na peça Catarina da Rússia |
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Dulcina de Moraes com Emiliano Queroz na peça Meu Bem, Como é Que Eu Posso Ouvir Você Com a Torneira Aberta? |
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Dulcina de Moraes na peça César e Cleópatra |
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Dulcina de Moraes na peça César e Cleópatra |
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Sonia Moraes, Margarida Rey, Nathalia Timberg, Maria Sampaio, Maria Fernanda, Iracema de Alencar, Dulcina de Moraes e Suely Franco na peça Oito Mulheres |
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Dulcina de Moraes com Márcia de Windsor na peça Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio |
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Dulcina de Moraes com Jardel Filho e Márcia de Windsor na peça Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio |
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Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti na peça Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi na peça Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi comemorando a centésima apresentação da peça Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi na peça Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Dary Reis, Conchita de Moraes, Odilon Azevedo, Dulcina de Moraes, Suzana Negri, Dinorah Marzullo, Yara Cortes e Álvaro Asuunção, a trupe da Cia Dulcina-Odilon em turnê |
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Dulcina de Moraes |
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Dulcina de Moraes |
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Anúncio da Fundação Brasileira de Teatro em 1964
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A Filha de Iório |
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Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Um Vizinho em Nossas Vidas |
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Oito Mulheres com Nathalia Timberg |
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Dulcina e Cacilda Becker |
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Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo em Vivendo em Pecado |
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Dulcina de Moraes e Odilon em O Imperador Galante |
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Dulcina de Moraes e Odilon em O Imperador Galante |
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Dulcina de Moraes, Graça Mello e Suzana Negri em O Sorriso de Gioconda |
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Dulcina de Moraes em Tia Mame |
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Dulcina de Moraes em Tia Mame
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Dulcina de Moraes em Tia Mame
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Dulcina de Moraes em Tia Mame
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Dulcina de Moraes em Tia Mame
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Fotos - Imprensa Oficial, Cedoc Funarte, Banco de Conteudos Culturais (www.bcc.org.br), sites diversos da
Internet, acervo FBT (Fundação Brasileira de Teatro)
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