quinta-feira, 14 de junho de 2012

CÉLIA BIAR, A CLASSE E ELEGÂNCIA DE UMA GRANDE DAMA DO TEATRO

Célia Raphaella Martins Biar Nasceu em São Paulo, no dia 10 de Março de 1918. Filha da modista Beatriz Biar, foi integrada ainda muito jovem ao Grupo de Teatro Experimental, dirigido pelo diretor e professor de teatro Alfredo Mesquita.

Seu primeiro trabalho no grupo foi a peça Pif-Paf, em 1947. Dois anos depois, trabalhando como secretária no TBC (o Teatro Brasileiro de Comédia), substituiu às pressas uma atriz que havia faltado na peça Weekend . Profissionalizou-se em seguida com as peças A Noite, Nick Bar e Arsênico e Alfazema e seguiu como uma das atrizes mais atuantes daquela Companhia, especialmente na alta comédia. Por sua atuação na peça A Terceira Pessoa, sob a direção de Walmor Chagas, foi premiada com o  Prêmio Saci de melhor Atriz de Teatro em 1962.

 Fora do TBC, Célia Biar teve rápidas participações na Companhia Brasileira de Comédia, no Pequeno Teatro de Comédia e na Companhia Nydia Lícia, emprestando seu inconfundível charme e talento a inúmeros outros espetáculos e novelas de televisão, tornando-se uma das mais queridas atrizes do Brasil.

Sabia, como poucas, interpretar mulheres chiques e classudas. Como diz os franceses ela tinha “allure”, mas também deu vida a personagens humildes e  impagáveis fofoqueiras.

 Marcou Também presença no cinema, estreando em 1950 no clássico filme “Caiçara” e participando de mais de uma dezena de produções.

A estréia na televisão foi em 1958, como apresentadora do programa Boa Tarde, Cássio Muniz, na TV Tupi do Rio. Depois passou pela TV Rio, onde atuou em teleteatros e posteriormente foi para a Excelsior de São Paulo, onde apresentou o programa O Mundo é da Mulher em 1962, além de atuar nos teleteatros da emissora.

 Célia Biar foi Contratada pela TV Globo em 1965, e estreou logo no primeiro dia do canal, no comando do programa feminino Sempre Mulher. Uma das principais apresentadoras nos primeiros anos da emissora, participou de atrações como Quem é Quem, Oh Que Delícia de Show, Alô Brasil, Aquele Abraço e Satyricom.

 Uma passagem marcante da sua carreira foi a forma como comandou o programa “Sessão das Dez”. Os filmes apresentados, geralmente antigos, não tinham nada demais, mas Célia Biar fazia comentários sobre os mesmos elegantemente recostada numa poltrona, com uma longa piteira na mão e um gato angorá no colo, chamado Zé Roberto. Diz a lenda que o gatinho na verdade era uma gatinha e tomava tranqüilizantes para ficar calminha e normalmente estava sonolenta.

 A partir dos anos 70, como atriz, também esteve em novelas de sucesso, estreando em Pigmalião 70. Seu maior sucesso nesse período foi o papel da doce Tia Miquita na novela  Minha Doce Namorada, ao lado de Regina Duarte e Sadi Cabral.

 Após um longo afastamento, trabalhando apenas na televisão, voltou ao teatro em 1974 para atuar na peça  Dr. Knock, protagonizada por Paulo Autran. Vieram em seguida importantes papéis nas peças Teu Nome é Mulher, Oito Mulheres e De repente, no Último Verão.

Celia Biar atuou até o fim da vida.  Foram mais de 30 trabalhos na televisão entre novelas, séries e programas, 12 filmes e mais de 40 peças de teatro. Fumante inveterada, morreu em decorrência de um câncer no pulmão, no dia 6 de novembro de 1999, aos 81 anos de idade, tendo cumprido uma das mais perfeitas trajetórias que uma atriz pode almejar.  Com uma rara combinação de talento, elegância, inteligência e humor, Célia Biar representa enfim, Um símbolo de dignidade!



Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar no álbum de figurinhas Astros das Telenovelas da revista Romântica


Célia Biar  (* álbum Galeria dos Personagens da TV - Rio Gráfica Editora)


Célia Biar


Célia Biar

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Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar
Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar


Célia Biar
Célia Biar 

Célia Biar

Célia Biar

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Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar
Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

Célia Biar

 




Célia Biar com Juca de Oliveira num evento na cidade de São Roque (SP)

Célia Biar

Célia Biar


Fotos: acervo de Orias Elias - revistas Amiga (Bloch Editores), Contigo (Editora Abril), Sétimo Céu (Bloch Editores), Romântica (Editora Vecchi), Melodias  (Editora APA), Manchete (Bloch Editores), Cartaz (Rio Gráfica e Editora SA)







5 comentários:

  1. Todos comentam que ela era hermafrodita, mas ninguém tinha certeza.

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  2. Michael Carvalho Silva27 de setembro de 2018 às 19:37

    Sempre gostei muito da Célia Biar. Ela sempre foi uma das minhas atrizes brasileiras preferidas. A célia inclusive era muito parecida fisicamente com o meu roqueiro inglês preferido que é o Peter Frampton. Descanse em paz e fique com Deus, Célia querida. Amém.

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  3. Ah, como eu gostava dela, até minha filha bem pequenina se recusava a ir dormir para ve-la junto com seu gato José Roberto na Sessão das Dez. Foi um sucesso, nós adorávamos a sua performance e seus comentários sobre o filme. Saudade.

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  4. Ah, como eu gostava dela, até minha filha bem pequenina se recusava a ir dormir para ve-la junto com seu gato José Roberto na Sessão das Dez. Foi um sucesso, nós adorávamos a sua performance e seus comentários sobre o filme. Saudade.

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