sábado, 23 de maio de 2020

DULCINA DE MORAES A GRANDE ATRIZ QUE MODERNIZOU O TEATRO BRASILEIRO


Dulcina de Moraes nasceu na cidade de Valença (RJ), no dia  3 de fevereiro de 1908, filha de dois atores muito conhecidos no início do século XX:  Átila e Conchita de Moraes. Consta que ela nasceu durante uma turnê dos pais, quando a mãe entrou em trabalho de parto.

Embora vivendo num ambiente de artistas, sua estréia no teatro se deu aos 15 anos na Companhia Brasileira de Comédia, de Viriato Corrêa, no espetáculo Travessuras de Berta. À revelia dos pais, fez teste e ingressou na Companhia do mais famoso ator da época, o legendário Leopoldo Fróes, tornando-se a primeira atriz da Cia, com a qual se apresentou em turnês pelo Brasil, Argentina e Uruguai.

Com a morte de Leopoldo Fróes, foi contratada pela Cia do jovem e rico empresário, filho de fazendeiros mineiros, Odilon Azevedo, com quem se casou em 1930 e juntos fundaram a Cia Dulcina-Odilon, que se tornaria um marco do teatro brasileiro. Como principal atriz da Cia e depois também diretora, Dulcina modernizou o teatro da época, eliminando a figura do ponto e instituindo folga semanal aos atores da Cia, a exemplo do teatro americano. Também foi pioneira em lançar autores estrangeiros modernos no Brasil como García Lorca, D’Annunzio,  Bernard Shaw  e Jean Giraudoux.

A montagens da Cia Dulcina-Odilon marcaram época pelo esmero e requinte das produções e grandes desempenhos da atriz, considerada uma das maiores damas do teatro brasileiro em todos os tempos. São legendárias suas atuações nas peças Chuva (Somerset Maugham); Amor (Oduvaldo Viana); Tia Mame (Jerome Lawrence); A Loucuras de Madame Vidal  (Louis Verneuil);  Bodas de Sangue (Garcia Lorca), A Filha de Iório (D’Annunzio), César e Cleópatra, Santa Joana e Pigmaleão (Bernard Shaw) e Anfitrião 38 (Jean Giraudoux).

Além de grandes autores da dramaturgia mundial, Dulcina também apresentou dezenas de peças de autores nacionais, entre eles Viriato Correia (A Marquesa de Santos), Raimundo Magalhães Júnior (O Imperador Galante) e Maria Jacintha (Convite à Vida, Conflito, Já é Manhã no Mar). Ao todo o repertório de Dulcina contempla mais de uma centena de espetáculos  entre 1923 e 1965.

Sempre com anuência do marido, que satisfazia todas as suas vontades, Dulcina criou em  1955, a Fundação Brasileira de Teatro, projeto ao qual se dedicou até o final de sua vida.
Após a morte de Odilon em 1966, Dulcina passou a atuar menos como atriz e a dedicar-se mais à FBT, com a qual se transferiu, em 1972, para Brasília onde permaneceu até o final de sua vida.  Em 1982, Dulcina criou em Brasília a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes,  como professora e diretora, formando centenas de atores, e o Teatro Dulcina de Moraes.

Já bastante debilitada e esclerosada,  Dulcina de Moraes morreu no dia 28 de Agosto de 1996, em Brasília, aos 88 anos de idade, após ser  internada para tratar uma diverticulite. Encerrava-se assim a trajetória vitoriosa de uma das mais importantes e fulgurantes atrizes do cenário artístico brasileiro do século XX.  Uma  atriz empreendedora que dedicou sua vida ao teatro e, conforme a descreve uma de suas discípulas, a também legendária Fernanda Montenegro, "uma atriz que tinha no palco uma chama cênica, uma luz no peito". 


Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes
Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo

Dulcina de Moraes e Conchita de Moraes

Dulcina de Moraes com o Presidente Café Filho

Dulcina de Moraes com o Presidente Getúlio Vargas

Dulcina de Moraes com o Presidente Ernesto Geisel

Dulcina de Moraes com Bibi Ferreira

Dulcina de Moraes no Teatro Municipal do Rio de Janeiro

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo no filme Vinte e Quatro Horas de Sonho (1941)

Dulcina de Moraes - Memórias de Um Teatro Brasileiro (Michelle Bastos)

Dulcina e o Teatro de Seu Tempo (Sergio Viotti)

Dulcina de Moraes - Bastidores - ( Entrevista a Simon Khoury)

Dulcina de Moraes com Manoel Pêra e Odilon Azevedo na peça Uma Estranha Aventura

Dulcina de Moraes na peça Pigmalião

Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Vivendo em Pecado

Dulcina de Moraes na peça Tia Mame

Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Tia Mame

Dulcina de Moraes com Conchita de Moraes na peça Os Inocentes

Dulcina de Moraes com Jardel Filho na peça A Filha de Iório

Dulcina de Moraes com Jardel Filho na peça A Filha de Iório

Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo e Renato Restier na peça Rainha Vitória

Dulcina de Moraes com Luis Tito na peça Anfitrião 38

Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo na peça Chuva

Dulcina de Moraes  na peça Chuva

Dulcina de Moraes  com Armando Rosas na peça Chuva

Dulcina de Moraes com Miriam Muniz, Sylvio Zilber e Odilon Azevedo na peça Chuva

Dulcina de Moraes com Miriam Muniz na peça Chuva

Dulcina de Moraes  na peça Chuva

Dulcina de Moraes na peça Bodas de Sangue

Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça Bodas de Sangue

Dulcina de Moraes na peça Os Homens Preferem as Viúvas

Dulcina de Moraes na peça Santa Joana

Dulcina de Moraes com Ribeiro Fortes, Jardel Filho e Jayme Barcellos na peça Já é Manhã no Mar

Dulcina de Moraes com Odilon Azevedo na peça O Imperador Galante

Dulcina de Moraes na peça O Imperador Galante

Dulcina de Moraes com Rubens de Falco na peça Catarina da Rússia

Dulcina de Moraes com Raul da Mata e Tereza Rachel na peça Catarina da Rússia

Dulcina de Moraes com Emiliano Queroz na peça Meu Bem, Como é Que Eu Posso Ouvir Você Com a Torneira Aberta?

Dulcina de Moraes na peça César e Cleópatra

Dulcina de Moraes na peça César e Cleópatra

Sonia Moraes, Margarida Rey,  Nathalia Timberg, Maria Sampaio, Maria Fernanda, Iracema de Alencar, Dulcina de Moraes e Suely Franco na peça Oito Mulheres


Dulcina de Moraes com Márcia de Windsor na peça Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio

Dulcina de Moraes com Jardel Filho e Márcia de Windsor na peça Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio

Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti na peça Um Vizinho em Nossas Vidas

Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi na peça Um Vizinho em Nossas Vidas

Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi comemorando a centésima apresentação da peça Um Vizinho em Nossas Vidas
Dulcina de Moraes com Sérgio Viotti, Theresa Amayo e Daisy Lucidi na peça Um Vizinho em Nossas Vidas

Dary Reis, Conchita de Moraes, Odilon Azevedo, Dulcina de Moraes, Suzana Negri, Dinorah Marzullo, Yara Cortes e Álvaro Asuunção, a trupe da Cia Dulcina-Odilon em turnê 

Dulcina de Moraes 

Dulcina de Moraes 

Anúncio da Fundação Brasileira de Teatro em 1964

 
A Filha de Iório




 
Um Vizinho em Nossas Vidas



Um Vizinho em Nossas Vidas

Um Vizinho em Nossas Vidas

Oito Mulheres com Nathalia Timberg

Dulcina e Cacilda Becker


Dulcina de Moraes e Odilon Azevedo em Vivendo em Pecado

Dulcina de Moraes e Odilon em O Imperador Galante

Dulcina de Moraes e Odilon em O Imperador Galante

Dulcina de Moraes, Graça Mello e Suzana Negri em O Sorriso de Gioconda

Dulcina de Moraes em Tia Mame

Dulcina de Moraes em Tia Mame

Dulcina de Moraes em Tia Mame

Dulcina de Moraes em Tia Mame

Dulcina de Moraes em Tia Mame



Fotos - Imprensa Oficial, Cedoc Funarte, Banco de Conteudos Culturais (www.bcc.org.br), sites diversos da Internet, acervo FBT (Fundação Brasileira de Teatro)







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