Tonia Carrero é uma figura singular dentro do panorama artístico brasileiro. A mais bela mulher brasileira do Século XX teve que lutar contra os preconceitos que atingem a mulher de um modo geral e particularmente as mais belas, dentro do cenário artístico nacional.
Tônia Carrero não se intimidou diante de nada e venceu em todas as frentes de luta que enfrentou. Impôs-se como uma grande atriz no cinema, no teatro e na televisão. Fundou sua própria Companhia teatral, montou as peças que lhe diziam mais ao coração e foi, ao longo de uma carreira de décadas, uma mulher vitoriosa, alçada ao panteon dos monstros sagrados do meio artístico brasileiro.
Maria Antonieta Portocarrero nasceu no Rio de Janeiro no dia 23
de agosto de 1922. Nascida numa família de classe média alta, teve
uma educação requintada e desde cedo fascinou a todos à sua volta e sonhou se
tornar uma estrela.
A estréia como atriz foi no cinema,
num pequeno papel no filme Querida Suzana em 1947. Foi então
para Paris estudar teatro e na volta atuou em outros dois filmes, mas o seu objetivo
era o palco.
Depois de muitas recusas de
produtores, resolveu, ela mesma, produzir sua estréia, junto com o então marido
Carlos Thiré e o diretor Fernando de Barros. Para seu parceiro de cena,
contratou o jovem ator Paulo Autran, e em 1949, estreava em grande estilo a
peça Um Deus Dormiu Lá em Casa.
Três peças depois, Paulo Autran foi
contratado pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) e Tônia juntamente com Fernando de Barros foi
contratada pela Cia Cinematográfica Vera Cruz, se tornando a maior estrela da
Cia.
Só voltaria ao teatro alguns anos
depois em Uma Certa Cabana, sucesso do TBC, onde realizou alguns
trabalhos, mas viu seu espaço reduzido pela concorrência com outras estrelas da
casa e resolveu então montar sua própria companhia de teatro, junto com Paulo
Autran e o diretor e marido Adolfo Celi.
A Cia Tonia-Celi-Autran, baseada no
Rio de Janeiro, marcou uma temporada de grandes êxitos, consolidando
definitivamente seu nome como uma grande dama do teatro, levando à cena autores
clássicos, como Shakespeare e Goldoni, de vanguarda, como Sartre e Pirandello
e, principalmente, comédias sofisticadas.
Depois
de brilhar no cinema e no teatro, era a vez da TV. Da TV Excelsior, onde atuou
em Sangue do Meu Sangue
em 1969, foi para a TV Globo, marcando presença em
grandes sucessos dos anos 70 e 80 como Pigmalião
70 , A
Próxima Atração, O
Cafona, O
Primeiro Amor, Uma
Rosa Com Amor, Água
Viva, Louco
Amor e Sassaricando.
Trabalhou também na TV Manchete, no elenco da novela Kananga do Japão e no SBT, onde atuou no
remake de Sangue
do Meu Sangue, em 1995. Por onde passou, ficou a marca da grande
diva!
Tônia Carrero
morreu no dia 3 de março de 2018, aos 95 anos de idade, vítima de uma parada
cardíaca.
Ao longo de uma carreira de mais de seis
décadas, protagonizou dezenas peças e filmes e brilhou nas novelas da
televisão. O sonho de menina se tornou
realidade concreta e Tônia Carrero, com sua beleza estonteante e extraordinário talento, cravou seu nome na história do teatro
brasileiro. Nada mais justo, pois a paixão pelo palco foi a mola-mestra de sua
fulgurante existência.
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| Tônia Carrero e Paulo Autran |
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| Tônia Carrero, Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg na TV Excélsior, 1969 |
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| Capa do livro Tônia Carrero O Monstro de Olhos Azuiz (L&PM Editores SA - 1986) |
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| Contracapa do livro Tônia Carrero O Monstro de Olhos Azuiz |
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| Capa do livro Tônia Carrero Movida Pela Paixão (Imprensa Oficial - 2009) |
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| Tônia Carrero |
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| Tônia Carrero - poster da revista Contigo |
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| Tônia Carrero entre Cécil Thiré e Adolpho Bloch, o legendário dono da Editora Bloch |
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| Tônia Carrero com as amigas Guta e Yoná Magalhães no lançamento do livro O Monstro de Olhos Azuis |
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| Tônia Carrero e seu querido Paulo Autran |
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| Tônia Carrero e Glória Menezes na revista Sétimo Céu (Ed. Bloch) |
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| Tônia Carrero e Paulo Autran com Ney Braga, governador do Paraná |
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| Tônia Carrero recebendo o Troféu Imprensa no Programa Silvio Santos em 1972 |
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| Tônia Carrero recebendo um outro Troféu Imprensa como a personalidade mais elegante da TV pelas mãos de Victor Civita, o dono da Editora Abril |
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| Tônia Carrero e Vanda Lacerda |
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| Tônia Carrero com o grande Victor Civita, o dono da Editora Abril |
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| Tônia Carrero |
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| Tônia Carrero com Odete Lara e Iris Bruzzi em 1963 |
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| Tônia Carrero |
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| Tônia Carrero na revista Intervalo 2000 em 1972 |
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| Tônia Carrero na revista Intervalo 2000 em 1972 |
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| Tônia Carrero |
fotos: acervo de Orias Elias
olá ! gostaria de saber onde encontro o livro "O monstro de olhos azuis" pra comprar ,já procurei muito! JoanaSeibel
ResponderExcluirAh, esse livro foi editado há quase 30 anos. Imagino que esteja esgotado na editora. Talvez você encontre em sebos. Se eu ficar sabendo de algum eu te falo.
Excluirabs
É só procurar no GOOGLE: Livro o monstro de olhos azuis mercado livre. Tem vários à venda.Espero ter ajudado
ResponderExcluirTÔNIA PARA SEMPRE
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