Leonardo Villar foi um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Ator premiadíssimo e de extraordinário prestígio, jamais se deixou levar pelas veleidades da fama. Disciplinado e aguerrido, tímido e de poucas palavras, está no panteon dos monstros sagrados do teatro e cinema nacional. Estrelou o célebre filme O Pagador de Promessas, ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1962 e protagonizou também, de forma memorável, os filmes A Hora e a Vez de Augusto Matraga e Lampião, o Rei do Cangaço. No teatro teve atuação antológica em Panorama Visto da Ponte e na televisão marcou presença em inúmeras novelas da TV Globo. Nesta e nas próximas postagens, uma pequena mostra da extraordinária carreira desse extraordinário ator.
Leonildo Motta nasceu na cidade de Piracicaba, estado de São Paulo, no
dia 25 de julho de 1923. Formou-se na primeira turma da Escola de Arte
Dramática, a EAD, em 1948, estreando na peça A Raposa e as Uvas, com direção de Bibi Ferreira, pela Companhia
Dramática Nacional. Em seguida vieram as peças A Falecida, de Nelson Rodrigues, e Canção Dentro do Pão, dirigida por Sergio Cardoso.
Entre os anos 1954 e 1962 integrou o corpo estável do Teatro
Brasileiro de Comédia, o TBC, atuando em mais de 20 espetáculos da Cia, entre
eles: Leonor de Mendonça, de
Gonçalves Dias, Santa Marta Fabril, de Abílio Pereira de Almeida, A Semente de Gianfrancesco Guarnieri, A Morte do Caixeiro Viajante, de Arthur
Miller e Mary Stuart, de Schiller.
Em 1958, recebeu os prêmios Saci e Associação Brasileira de Críticos
Teatrais por sua atuação na peça Um
Panorama Visto da Ponte, também de Arthur Miller e 2 anos depois, em 1960, a
posição de grande ator foi então consolidada quando interpretou o protagonista
da peça O Pagador de Promessas, de
Dias Gomes, dirigida por Flávio Rangel.
Leonardo Villar voltou a interpretar o mesmo personagem na versão
cinematográfica da peça, dirigida por Anselmo Duarte, em 1962, filme premiado
com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França e indicado ao Oscar de
Melhor filme Estrangeiro nos Estados Unidos.
Na década de
1970, atuou em diversos espetáculos, incluindo O Grande Amor de Nossas Vidas, de Consuelo de Castro, Investigação na Classe Dominante, de
Flávio Rangel e uma nova montagem de Um
Panorama Visto da Ponte. Nos anos 1980, protagonizou as peças Campeões do Mundo, de Dias Gomes, e Motel Paradiso, de Juca de Oliveira, sob
a direção de José Renato.
No cinema, merecem destaque ainda filmes clássicos como Lampião, O Rei do Cangaço; A Hora e a Vez de Augusto Matraga, Madona do Cedro e O Santo Milagroso.
Além de ator consagrado no teatro e no cinema, Leonardo Villar também
tem trajetória de sucesso na teledramaturgia. Sua estreia em novelas aconteceu
em 1965, em A Cor da Sua Pele, na TV
Tupi, e em 1972, foi escalado para substituir o amigo Sérgio Cardoso, morto da
reta final de O Primeiro Amor, escrita
por Walther Negrão. Em seguida atuou em novelas de grande sucesso da TV Globo nos
anos 1970 como Uma Rosa Com Amor, de
Vicente Sesso; Os Ossos do Barão e O Grito, ambas de Jorge Andrade; Estúpido Cupido, de Mário Prata e Escalada,
de Lauro César Muniz. Nos anos 1980 e 1990, dividiu-se em trabalhos da TV
Manchete e TV Globo, com passagens pela TV Bandeirantes e SBT. Dessa fase
destacam-se as novelas Coração Alado,
de Janete Clair; Barriga de Aluguel,
de Glória Perez e Tocaia Grande,
baseada no romance de Jorge Amado, com direção geral de Walter Avancini.
Nos anos 2000, novamente na TV Globo, destacam-se seus trabalhos em Laços de Família de Manoel Carlos e Passione, de Silvio de Abreu, seu último
trabalho em telenovelas.
Considerado um dos grandes atores brasileiros, o premiado Leonardo
Villar morreu no dia 03 de julho de 2020, aos 96 anos de idade, após sofrer uma
parada cardíaca.
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Leonardo Villar numa foto da revista Intervalo em 1966 |
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Leonardo Villar num poster da revista Contigo em 1972 |
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Leonardo Villar numa foto da juventude |
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Leonardo Villar numa foto de Fredi Kleemann, ator e fotógrafo do TBC |
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Leonardo Villar numa foto da revista Intervalo em 1966 |
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Leonardo Villar numa foto do programa da peça O Pagador de Promessas em 1960 |
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Leonardo Villar numa foto da revista Contigo por ocasião da novela Estúpido Cupido em 1976 |
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Leonardo Villar num postal da revista Sétimo Céu em 1972 |
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Leonardo Villar na peça Panorama Visto da Ponte |
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Leonardo Villar em 1962 recebendo das mãos de Arassary de Oliveira o Prêmio Saci de melhor ator por sua atuação no filme O Pagador de Promessas |
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Leonardo Villar na capa da versão VHS do filme O Pagador de Promessas, editado pela revista Isto é |
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Leonardo Villar na capa da versão DVD do filme O Pagador de Promessas |
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Leonardo Villar na capa da versão VHS do filme Lampião, o Rei do Cangaço, editado pela revista Isto é |
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Leonardo Villar na capa do livro biográfico Garra e Paixão, da Coleção Aplauso Perfil, editado pela Imprensa Oficialdo Estado de São Paulo, escrito por sua amiga, a grande atriz Nydia Licia
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Leonardo Villar com Rosamaria Murtinho na novela O Primeiro Amor |
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Leonardo Villar com Maria Della Costa na novela Estúpido Cupido |
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Leonardo Villar com Maria Della Costa |
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Leonardo Villar com Yoná Magalhães na novela Uma Rosa Com Amor |
Fotos: acervo de Orias Elias - revistas Amiga (Bloch Editores), Contigo (Editora Abril), Sétimo Céu (Bloch Editores), Romântica (Editora Vecchi), Melodias (Editora APA), Manchete (Bloch Editores), Cartaz (Rio Gráfica e Editora SA), Intervalo (Editora Abril)
Sem dúvida, Leonardo Vilar é um dos grandes nomes da televisão e do cinema nacional.
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