Magdalena Mendes Cajado, em artes Madalena Nicol nasceu em São
Paulo no dia 25 de dezembro de 1919. Foi um
dos grandes nomes do teatro brasileiro nas décadas de 1940 e 1950. Sobrinha-neta
do presidente brasileiro Prudente de Morais, foi educada em um convento antes
de estudar Direito na Universidade de São Paulo, planejando seguir os passos do
pai advogado. No entanto, seu interesse superou esse desejo e ela se tornou cantora,
cantando canções folclóricas brasileiras. Como cantora ela se apresentou na
Casa Branca para o presidente Franklin Roosevelt, além de fazer turnês por
Paris e Nova York.
Com pouco mais de 20 anos, desquitada de um escocês de quem
teve dois filhos e adotou o sobrenome, Madalena Nicol, ao lado do crítico teatral
Décio de Almeida Prado e do teatrólogo Abílio Pereira de Almeida, ajudou a
fundar em São Paulo, em 1948, o legendário TBC – Teatro Brasileiro de Comédia. A
primeira peça que dirigiu foi ‘Ingenuidade’, com Cacilda Becker, a principal
atriz da Cia, no papel principal. Tempos depois disso, Cacilda ficou grávida e
Madalena passou a estrelar todos os espetáculos do TBC, o que não agradou a Cacilda,
que, segundo Madalena, se movimentou nos
bastidores para afastá-la da Cia em fins de 1949.
Durante os cinco anos seguintes Madalena trabalhou em outras
companhias, fundou seu próprio grupo e criou uma escola de arte. Nesse período,
foi também uma das primeiras atrizes a
estrelar teleteatros na TV Tupi e ainda dirigiu os teleteatros “Antes do Café”
e “A Voz Humana”. Em 1952 ela se transferiu para a TV Paulista e criou o Teatro
Madalena Nicol, que ficou no ar até meados da década de 1950.
Em 1954 viajou para a França, onde estudou e trabalhou com
Jean-Louis Barrault (1910-1994). Mais tarde, passou a viver em Londres, onde
estreou com “Yerma” (1957), de García Lorca, no Art Theatre. A partir de então
trabalhou e estudou com os professores da reputada Royal Academy of Dramatic
Art.
Madalena só voltou ao Brasil em 1969 e aos poucos foi retornando
aos palcos brasileiros. Em 1970, atuou em “Macbeth” com Paulo Autran, seu velho amigo, a
quem dirigira na peça “Esquina Perigosa”, em 1947, no Teatro Municipal de São
Paulo. Também com Paulo Autran atuou em “Assim É, Se lhe Parece”, de Luigi
Pirandello, em 1971. Em 1973, produziu e
dirigiu “O Carrasco do Sol”, de Peter Schaeffer e conheceu o sabor do fracasso.
“Perdi tudo o que tinha e o que não tinha.”, disse ela. Nos anos seguintes,
atuou “O Jogo do Poder”, com Sérgio Mamberti, em 1974; “O Duelo”, com Cláudio
Marzo, em 1975; e “Concerto n° 1 para
Piano e Orquestra”, ao lado de Regina Duarte, em 1976. Nenhum desses trabalhos,
no entanto, a deixou feliz.
Em 1977, estreou um espetáculo didático, onde aparecia
sozinha interpretando trechos de Shakespeare, poemas de Carlos Drummond de
Andrade e Manuel Bandeira, e um monólogo de Eugene O’Neill.
Tendo vivido e trabalhado durante dois anos em Paris e
quinze anos em Londres, entre 1954 e 1971, Madalena era reconhecida no exterior e em maio de 1978, foi
para os Estados Unidos, convidada para
dirigir duas peças e para lecionar em Houston, no Texas.
A grande atriz Madalena Nicol morreu em São Paulo no dia 6 de novembro de 1996, aos 76 anos de idade.
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Madalena Nicol |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça O Atentado |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça O Atentado |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça O Atentado |
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Madalena Nicol e Luiz Linhares na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto e Luiz Linhares na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto e Luiz Linhares na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto e Luiz Linhares na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Pancada de Amor |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Electra e Seus Fantasmas
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Electra e Seus Fantasmas |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Electra e Seus Fantasmas |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto na peça Electra e Seus Fantasmas |
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Madalena Nicol com Luiz Linhares e Sérgio Britto na peça Electra e Seus Fantasmas |
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Madalena Nicol com Sérgio Britto e Xandó Batista na peça O Atentado |
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MadalenaNicol, Célia Biar e Mílton Ribeiro na peça Arsênico e Alfazema (TBC-1949) |
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MadalenaNicol, Cacilda Becker, Mílton Ribeiro e Célia Biar na peça Arsênico e Alfazema (TBC-1949)
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MadalenaNicol e Paulo Autran na peça Só Porque Você Quer (1971)
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Brett Cullen, Elizabeth Fleming, Madalena Nicol na peça The Seagull, apresentada no Teatro Worhtham, na Universidade de Houston - Estados Unidos em 1979 |
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Madalena Nicol com Claudio Marzo na peça O Duelo |
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Madalena Nicol com Dionísio Azevedo, Claudio Savietto, Eduardo Andrews, Regina Duarte, Liana Duval, Maria Ylma, Umberto Magani e Aizita Nascimento na peça Concerto Número 1 Para Piano e Orquestra (1976)
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Madalena Nicol |
Fotos - acervo de Orias Elias - revistas
Amiga (Bloch Editores), Contigo (Editora Abril), Sétimo Céu (Bloch Editores), Romântica (Editora Vecchi), Melodias (Editora APA), Manchete (Bloch Editores), Cartaz (Rio Gráfica e Editora SA), Intervalo (Editora Abril), Ilusão (Editora Abril), O Cruzeiro (Diários Associados), Jornais
Diário de São Paulo, Folha de São Paulo, Imprensa Oficial, Blog REVISTA AMIGA & NOVELAS (Césio Gaudereto), site
TV Globo, Site Canal Viva, Cedoc (TV Globo), Banco de Conteúdos Culturais (www.bcc.org.br),
Site Funarte, sites diversos da Internet
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