Elias Vicente Andreato nasceu em
Rolândia (PR), no dia 8 de março de 1955. Filho de uma família pobre, de seis
irmãos, migrou para São Paulo ainda criança. O irmão mais velho, Elifas
Andreato, que mais tarde se tornaria um
grande ilustrador, ainda muito jovem, assumiu as rédeas da família instalada em
um cortiço no bairro Vila Anastácio, na zona oeste de São Paulo.
O início de Elias Andreato nas
artes foi na adolescência, no grupo de teatro amador Núcleo Expressão, sediado
em Osasco, cidade da Grande São Paulo, onde conheceu a atriz Juçara Morais, sua
amiga de tempos difíceis. Ao longo de
sua trajetória outros nomes tiveram grande importância na vida pessoal e
artística, a exemplo dos atores Renato Borghi, Edith Siqueira, Nilton Bicudo e Cláudio Fontana;
e dos diretores Jorge Takla, Márcio Aurélio e Fauzi Arap, esse último, talvez,
sua maior influência, especialmente na delicadeza de suas direções futuras.
Depois de atuar como contrarregra
e faz-tudo em espetáculos como Muro de Arimo, protagonizado por Antônio
Fagundes; e Castro Alves Pede Passagem, de Gianfrancesco Guarnieri, Elias Andreato estreou
profissionalmente num pequeno papel na remontagem de Pequenos Burgueses, de
Máximo Gorki, sob a direção de Renato Borghi, em 1977.
A partir de então, firmou-se como
um dos mais atuantes atores do teatro paulista. Entre seus muitos trabalhos
como ator no palco estão Diário de Um Louco, de Gogol; Senhorita Júlia, de
Strindberg; Trágico à Força, de Tchekov;
Édipo Rei, de Sófocles; Escola de Mulheres, de Molière; Esperando Godot, de
Samuel Beckett e Estado de Sítio, de Albert Camus. Além dos autores clássicos,
também brilhou em textos de autores brasileiros contemporâneos, como Lua de
Cetim, de Alcides Nogueira; Hello Boy, de Roberto Gil Camargo e Sexo dos Anjos,
de Márcio de Souza.
No início dos anos 1990, Elias
Andreato encontrou o sucesso nos elogiados monólogos Van Gogh e Oscar Wilde e
iniciou uma profícua carreira como diretor, especialmente de monólogos, com
delicadas e inventivas direções, capazes de transformar as montagens por ele dirigidas em espetáculos muito
agradáveis.
A caminhada como diretor, chegou
ao topo ao dirigir os maiores nomes do teatro brasileiro, a exemplo de Esther
Góes, Juca de Oliveira, Irene Ravache e Paulo Autran, que
se tornou um grande amigo. Outro momento de grande relevância foi quando dirigiu
um espetáculo de Maria Bethânia, cantora que teve particular influência na sua
decisão de se tornar um artista do palco e o encantara definitivamente quando,
ainda garoto, assistira ao show Rosa dos Ventos, no Teatro Maria Della Costa,
em São Paulo.
Essencialmente um artista do
palco, Elias Andreato teve poucas passagens pela televisão em algumas novelas:
Helena (TV Manchete, 1987), A Idade da Loba (TV Bandeirantes, 1995), Suave
Veneno (TV Globo, 199), A Muralha (TV Globo, 2000); Cidadão Brasileiro (TV
Record, 2006) e Beleza Pura (TV Globo,
2008).
Também marcou presença em alguns
filmes entre eles, Shock: Diversão Diabólica, de 1984, sua estreia em cinema; Sábado
(1994); Boleiros (1998); O Príncipe
(2002) e A Casa de Alice (2007). Ao todo foram, 16 participações na tela grande.
Entre seus prêmios, destacam-se o
Prêmio Shell e o Troféu APCA, de melhor ator em 1990; e o Prêmio IBEU de melhor direção em 1996.
Em 2019, sua trajetória foi
registrada no livro Elias Andreato – A Máscara do Improvável, escrito pelo
jornalista gaúcho Dirceu Alves Jr, editado pela editora HumanaLetra.
Nessa postagem, um pouco da
trajetória de um dos grandes nomes do teatro paulista.
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Elias Andreato |
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Elias Andreato |
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Elias Andreato |
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Elias Andreato com Esther Góes e Renato Borghi na peça Pequenos Burgueses |
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Elias Andreato (em pé, à direita) com o grande elenco da peça Pequenos Burgueses |
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Cartaz da peça Senhorita Julia, protagonizada por Elias Andreato e Edith Siqueira |
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Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Senhorita Julia |
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Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Senhorita Julia
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Elias Andreato, Edith Siqueira, Juçara Morais e os diretores Renato Borghi, Hector Othon e Cristiano Mota na peça Senhorita Julia
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Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Trágico à Força
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Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Trágico à Força |
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Tato Fischer, Mauricio Maia, Rodrigo Matheus, Elias Andreato, Edith Siqueira, Iolanda Huzak e Marcio Aurelio - a equipe da peça Trágico à Força |
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Elias Andreato na peça Édipo Rei
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Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Édipo Rei |
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Elias Andreato com Umberto Magnani, Denise del Vecchio e o diretor Márcio Aurélio na peça Lua de Cetim
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Elias Andreato na peça Diário de Um Louco
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Cartaz da peça Hello, Boy, protagonizada por Elias Andreato |
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Elias Andreato e Walderez de Barros na peça A Gaivota
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Elias Andreato na peça Van Gogh
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Elias Andreato e Cláudio Fontana na peça Esperando Godot
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Elias Andreato na peça Oscar Wilde
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Elias Andreato e Nilton Bicudo na peça Dona Dete
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Elias Andreato e Leonardo Mejorin na peça Eqqus |
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Cartaz da peça Amigas, Pero no Mucho, grande sucesso com Elias Andreato |
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Elias Andreato na peça Amigas, Pero no Mucho |
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Elias Andreato na peça Amigas, Pero no Mucho
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Elias Andreato na peça O Andante
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Elias Andreato na peça O Andante |
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Elias Andreato na peça Estado de Sítio |
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Elias Andreato com Cláudio Fontana na peça Andaime |
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Elias Andreato na peça O Que Faremos com Walter |
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Elias Andreato na peça O Que Faremos com Walter
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Elias Andreato com os atores e amigos Cláudio Fontana e Paulo Autran
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Elias Andreato na capa do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável
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Elias Andreato com o jornalista Dirceu Alves, Jr, autor do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável |
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Elias Andreato com o jornalista Dirceu Alves Jr e as atrizes Amanda Acosta e Vera Zimmermann no lançamento do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável |
ALGUMAS DAS PEÇAS DIRIGIDAS POR ELIAS ANDREATO
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Não Tenha Medo de Virginia Woolf |
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Tantã |
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Visitando o Sr Green |
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A Filha da... |
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Advinhe Quem Vem Para Rezar |
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Andaime |
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Ghetto |
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Bethânia e as Palavras |
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Bethânia e as Palavras
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Doido |
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Cruel |
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Decifra-te ou Me Devora |
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Édipo |
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A Garota do Adeus |
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Camille & Rodin |
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Coisa de Louco |
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A Casa de Bernarda Alba |
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Da Vinci, Maquiavel e Eu |
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Eu Não Dava Praquilo |
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Florilégio II |
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Myrna Sou Eu |
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O Andante |
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Elza & Fred |
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Meu Deus! |
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Rei Lear |
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A Graça do Fim |
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A Língua em Pedaços |
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Sou Toda Coração |
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Esperando Godot |
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Isadora |
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Num Lago Dourado |
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Palavra de Stella |
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Papo Com o Diabo |
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O Louco e a Camisa |
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Alma Despejada |
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Para Duas |
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Pessoa |
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Apareceu a Margarida |
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A Última Sessão de Freud |
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A Vela |
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Amor Por Anexins |
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Arap |
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Morte e Vida Severina |
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O Nome do Bebê |
Fotos: Acervo Orias Elias, Jornal Folha de São Paulo, Revista Veja, Acervo João Caldas, Acervo Iolanda Huzak, sites diversos da Internet
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