quinta-feira, 2 de novembro de 2023

ELIAS ANDREATO O MESTRE DOS MONÓLOGOS

 Elias Vicente Andreato nasceu em Rolândia (PR), no dia 8 de março de 1955. Filho de uma família pobre, de seis irmãos, migrou para São Paulo ainda criança. O irmão mais velho, Elifas Andreato, que mais tarde se  tornaria um grande ilustrador, ainda muito jovem, assumiu as rédeas da família instalada em um cortiço no bairro Vila Anastácio, na zona oeste de São Paulo.

O início de Elias Andreato nas artes foi na adolescência, no grupo de teatro amador Núcleo Expressão, sediado em Osasco, cidade da Grande São Paulo, onde conheceu a atriz Juçara Morais, sua amiga de tempos difíceis.  Ao longo de sua trajetória outros nomes tiveram grande importância na vida pessoal e artística, a exemplo dos atores Renato Borghi, Edith Siqueira, Nilton Bicudo e Cláudio Fontana; e dos diretores Jorge Takla, Márcio Aurélio e Fauzi Arap, esse último, talvez, sua maior influência, especialmente na delicadeza de suas direções futuras.

Depois de atuar como contrarregra e faz-tudo em espetáculos como Muro de Arimo, protagonizado por Antônio Fagundes; e Castro Alves Pede Passagem, de Gianfrancesco Guarnieri, Elias Andreato estreou profissionalmente num pequeno papel na remontagem de Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, sob a direção de Renato Borghi, em 1977.

A partir de então, firmou-se como um dos mais atuantes atores do teatro paulista. Entre seus muitos trabalhos como ator no palco estão Diário de Um Louco, de Gogol; Senhorita Júlia, de Strindberg;  Trágico à Força, de Tchekov; Édipo Rei, de Sófocles; Escola de Mulheres, de Molière; Esperando Godot, de Samuel Beckett e Estado de Sítio, de Albert Camus. Além dos autores clássicos, também brilhou em textos de autores brasileiros contemporâneos, como Lua de Cetim, de Alcides Nogueira; Hello Boy, de Roberto Gil Camargo e Sexo dos Anjos, de Márcio de Souza.

No início dos anos 1990, Elias Andreato encontrou o sucesso nos elogiados monólogos Van Gogh e Oscar Wilde e iniciou uma profícua carreira como diretor, especialmente de monólogos, com delicadas e inventivas direções, capazes de transformar as montagens por ele dirigidas em espetáculos muito agradáveis.

A caminhada como diretor, chegou ao topo ao dirigir os maiores nomes do teatro brasileiro, a exemplo de Esther Góes, Juca de Oliveira,  Irene Ravache e  Paulo Autran, que se tornou um grande amigo. Outro momento de grande relevância foi quando dirigiu um espetáculo de Maria Bethânia, cantora que teve particular influência na sua decisão de se tornar um artista do palco e o encantara definitivamente quando, ainda garoto, assistira ao show Rosa dos Ventos, no Teatro Maria Della Costa, em São Paulo. 

Essencialmente um artista do palco, Elias Andreato teve poucas passagens pela televisão em algumas novelas: Helena (TV Manchete, 1987), A Idade da Loba (TV Bandeirantes, 1995), Suave Veneno (TV Globo, 199), A Muralha (TV Globo, 2000); Cidadão Brasileiro (TV Record, 2006) e  Beleza Pura (TV Globo, 2008).

Também marcou presença em alguns filmes entre eles, Shock: Diversão Diabólica, de 1984, sua estreia em cinema; Sábado (1994);  Boleiros (1998); O Príncipe (2002) e A Casa de Alice (2007). Ao todo foram, 16 participações na tela grande.

Entre seus prêmios, destacam-se o Prêmio Shell e o Troféu APCA, de melhor ator em 1990;  e o Prêmio IBEU de melhor direção em 1996.  

Em 2019, sua trajetória foi registrada no livro Elias Andreato – A Máscara do Improvável, escrito pelo jornalista gaúcho Dirceu Alves Jr, editado pela editora HumanaLetra.

Nessa postagem, um pouco da trajetória de um dos grandes nomes do teatro paulista.

Elias Andreato

Elias Andreato

Elias Andreato

Elias Andreato

Elias Andreato

Elias Andreato com Esther Góes e Renato Borghi na peça Pequenos Burgueses

Elias Andreato (em pé, à direita) com o grande elenco da peça Pequenos Burgueses
 


Cartaz da peça Senhorita Julia, protagonizada por Elias Andreato e Edith Siqueira

Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Senhorita Julia

Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Senhorita Julia

Elias Andreato, Edith Siqueira, Juçara Morais e os diretores Renato Borghi, Hector Othon e Cristiano Mota na peça Senhorita Julia

Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Trágico à Força

Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Trágico à Força

Tato Fischer, Mauricio Maia, Rodrigo Matheus, Elias Andreato, Edith Siqueira, Iolanda Huzak e Marcio Aurelio - a equipe da peça Trágico à Força

Elias Andreato na peça Édipo Rei

Elias Andreato e Edith Siqueira na peça Édipo Rei

Elias Andreato com Umberto Magnani, Denise del Vecchio e o diretor Márcio Aurélio na peça Lua de Cetim

Elias Andreato na peça Diário de Um Louco



Cartaz da peça Hello, Boy, protagonizada por Elias Andreato

Elias Andreato e Walderez de Barros  na peça A Gaivota


Elias Andreato na peça Van Gogh


Elias Andreato e Cláudio Fontana na peça Esperando Godot

Elias Andreato na peça Oscar Wilde


Elias Andreato e Nilton Bicudo na peça Dona Dete

Elias Andreato e Leonardo Mejorin na peça Eqqus

Cartaz da peça Amigas, Pero no Mucho, grande sucesso com Elias Andreato 

Elias Andreato  na peça Amigas, Pero no Mucho

Elias Andreato  na peça Amigas, Pero no Mucho

Elias Andreato  na peça O Andante

Elias Andreato  na peça O Andante

Elias Andreato  na peça Estado de Sítio

Elias Andreato  com Cláudio Fontana na peça Andaime

Elias Andreato  na peça O Que Faremos com Walter

Elias Andreato  na peça O Que Faremos com Walter
 


Elias Andreato com os atores e amigos Cláudio Fontana e Paulo Autran


Elias Andreato  na capa do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável

Elias Andreato  com  o jornalista Dirceu Alves, Jr, autor  do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável

Elias Andreato  com  o jornalista Dirceu Alves Jr e as atrizes Amanda  Acosta e Vera Zimmermann no lançamento  do livro biográfico Elias Andreato - A Máscara do Improvável



ALGUMAS DAS PEÇAS DIRIGIDAS POR ELIAS ANDREATO



Não Tenha  Medo de Virginia Woolf

Tantã

Visitando o Sr Green
 
A Filha da...


Advinhe Quem Vem Para Rezar

Andaime
 
Ghetto
 
Bethânia e as Palavras

Bethânia e as Palavras

Doido

Cruel

Decifra-te ou Me Devora

Édipo

A Garota do Adeus

Camille & Rodin

Coisa de Louco

A Casa de Bernarda Alba

Da Vinci, Maquiavel e Eu

Eu Não Dava Praquilo

Florilégio II

Myrna Sou Eu

O Andante

Elza &  Fred

Meu Deus!

Rei Lear

A Graça do Fim

A Língua em Pedaços

Sou Toda Coração

Esperando Godot

Isadora

Num Lago Dourado

Palavra de Stella

Papo Com o Diabo

O Louco e a Camisa

Alma Despejada

Para Duas

Pessoa

Apareceu a Margarida

A Última Sessão de Freud

A Vela

Amor Por Anexins

Arap

Morte e Vida Severina

O Nome do Bebê

Fotos: Acervo Orias Elias, Jornal Folha de São Paulo, Revista Veja, Acervo João Caldas, Acervo Iolanda Huzak, sites diversos da Internet

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